“Lixo Zero é uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudar seus modos de vida de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, no qual todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo.”

ZWIA – Zero Waste International Alliance

Uma postura Lixo Zero é aquela que ELIMINA a geração de ao menos 90% do lixo – a mistura de resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos –, por meio de atitudes simples e viáveis para todos.

E inclui, também, o desenvolvimento de tecnologias para dar destino correto aos 10% restantes.

Os 10 passos para o Lixo Zero, segundo Paul Connett

“O lixo zero, além da recuperação da natureza, é sobretudo a recuperação de recursos humanos. As pessoas precisam de trabalho e de respeito pelo que fazem. (…) Para chegarmos ao lixo zero, precisamos da responsabilidade dos cidadãos e de boas lideranças políticas para unir essas responsabilidades, pois quanto mais lixo você produz, mais imposto tem que pagar.” Paul Connett

• Separação de resíduos na fonte

É responsabilidade de cada pessoa separar corretamente o resíduo que gera.

• Coleta porta a porta

A coleta mais eficiente é aquela feita por catadores.

• Compostagem

Hoje a compostagem é até mais importante que a reciclagem, pois estes resíduos representam em média 50% a 60% do que vai para aterros sanitários – o que provoca, entre outros problemas, vazamentos de chorume para lençóis freáticos e geração de gás metano. Com a compostagem, deixamos de enviar para o aterro sanitário o material orgânico limpo que geramos (cascas de alimentos, restos de poda etc) e os transformamos em adubo, destinado a jardins e hortas comunitárias.

Precisamos dar atenção também à hierarquia dos nossos resíduos alimentícios e ao excesso de desperdício, ou seja, pensar em formas inteligentes de destinar as sobras aproveitáveis para pessoas mais carentes, para alimentar animais ou o solo. Um solo saudável produz comida mais saudável, pessoas saudáveis e uma comunidade saudável.

• Reciclagem

Materiais recicláveis devem ser separados e enviados limpos para a coleta seletiva.

• Reutilização e reparo

Mobiliário, peças de construção civil e aparelhos eletrônicos são exemplos de materiais que podem ser destinados a centros comunitários para consertos e reaproveitamento.

• Iniciativas para redução de resíduos

Vendas a granel, embalagens retornáveis e eliminação do uso único de plásticos são alguns exemplos para redução dos resíduos gerados no cotidiano e de economia de recursos naturais.

• Incentivos econômicos

Quanto mais lixo você gera, mais você paga. Nesse sistema, o rejeito custa para o cidadão, enquanto os resíduos recicláveis e orgânicos devidamente separados são isentos de taxas.

• Centros de pesquisa e de separação da fração residual

Esse passo é o mais importante para chegar ao Lixo Zero e lida com o rejeito ou a fração residual. Antes de entrar nos aterros sanitários, o rejeito é escaneado para que se separe o que ainda pode ser reciclado, o material tóxico, o que não pode ser reciclado e o material orgânico sujo. Estes últimos passam por um centro de pesquisa e estabilização biológica antes de serem enterrados. Este passo evita processos de incineração.

• Responsabilidade industrial

É imperativo melhorar o design industrial, tanto de embalagens quanto de produtos, para que seu futuro seja de reúso, reciclagem ou compostagem.

• Aterros provisórios

Aterros sanitários são uma medida temporária para o futuro Lixo Zero. Além de reduzir e controlar a parcela que chega aos aterros, usá-lo apenas para o material orgânico sujo biologicamente estabilizado e para o material não reciclável.